Infraero dá início ao programa de autoprodução de energia nos aeroportos brasileiros

Projeto piloto superou expectativas no Campo de Marte (SP); Congonhas deve receber próximos investimentos.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) utilizou o aeroporto de Campo de Marte (SP) para dar início a um programa de autoprodução de energia, que pretende implantar nos aeroportos brasileiros formas alternativas de geração. O projeto, orçado em R$28,9 mil, é constituído de nove módulos fotovoltaicos instalados no prédio administrativo do aeroporto – que juntos são responsáveis por uma produção média de 250 kWh por mês, contribuindo com cerca de 20% da demanda do prédio.

O projeto foi realizado pela empresa de engenharia Unitron, que também foi responsável pelo fornecimento dos módulos monocristalinos, fabricados pela da Bosch, e dos inversores de 2.8kV, da Schneider. A empresa possui cerca de 30 projetos de sistemas fotovoltaicos implementados no Brasil, entre realização e fornecimento.

Segundo a Infraero, o projeto inicial no Campo de Marte foi um teste para analisar o desempenho dos sistemas fotovoltaicos e avaliar os dados práticos de sua instalação – que superaram as expectativas da estatal.

Com os resultados positivos nas primeiras semanas de geração, a Infraero estuda a instalação fotovoltaica em maior amplitude em seus aeroportos. E o próximo aeroporto a ser contemplado pelo programa de energia deverá ser o de Congonhas, também na cidade de São Paulo. Inclusive, uma ampliação das iniciativas nesse campo já está sendo avaliada, mas ainda sem definição de locais para instalação.

De acordo com o gerente do departamento de energias renováveis da Unitron, Paulo Marcelo Frugis, o mercado de energia solar está em expansão, com grandes empresas interessadas, mas irá depender da regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prometida para este ano, assim como incentivos a serem criados. “A geração solar conectada à rede já apresenta paridade tarifária com a tarifa de baixa tensão – e com alguns incentivos pode ser competitiva com as tarifas de média tensão para as indústrias”, explica.

Informação de: Jornal da Energia

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